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Este blog foi criado para discurtirmos a trajetória da Educação Profissional no Brasil, por isso todos sintam-se convidados a contribuir com opiniões, sugestões e críticas.

Melhorar a qualidade da educação básica? As estratégias do Banco Mundial

Neste texto de Rosa Maria Torres, procura-se analisar o pacote proposto pelo Banco Mindial para reforma da educação de 1º grau nos países em desenvolvimento. O problema de tais propostas é que elas são pensadas, feitas, por economistas. A ausência do professorado na definição, discussão e tomada de decisões de política educativa termina por selar o discurso formulado por eles para ser implementado por educadores. Em outras palavras, as prioridades ditadas pela lógica econômica parecem não coincidir com as prioridades propostas pela construção de um modelo educativo legitimamente centralizado na qualidade e na equidade. Basta analisar os estudos e avaliações sobre rendimento escolar realizados recentemente em vários países que se percebe que as políticas e projetos de melhoria de qualidade da educação, iniciadas na década de 80, ainda não se traduzm em melhoria da qualidade de aprendizagem.

Reflexões sobre o texto: A Reforma do Ensino Técnico no Brasil e suas consequencias

Neste texto, Acácia Zeneide Kuenzer, tece críticas à reforma do ensino técnico, consolidada pelo Decreto 2.208/97, durante o governo FHC. Primeiramente, ela faz uma retomada histórica enfatizando o caráter extremamente dual da educação brasileira: de um lado, um sistema voltado às elites, com possibilidade de prosseguimento de estudos, a nível superior; de outro, o ensino técnico para atender aos pobres e desvalidos.Depois, ela passa a anlisar a educação profissional e as reformas por lea sofridas no final da década de 90, em face, principalmente, das mudanças trazidas pela globilização da economia, que impôs novas demandas do mundo do trabalho. Entretanto, isto não significa que o sistema educacional tenha deixado de ser dual, com bem afima Kuenzer: "Em absoluta concordância com as transformações ocorridas no mundo do trabalho, as políticas públicas de educaçao objetivam a contenção do acesso aos níveis mais elevados de ensino para os poucos poucos incluídos respondendo à lógic da polarização; para estes, de fato são asseguradas boas oportunidades educacionais (...). Para a grande maioria, propostas aligeiradas de formação profissiional (...)" (p. 132-133).
O decreto 2.208/97, para ela, repoôs no cenário da educação brasileira a dualidade estrutural tal como já ocorrera antes de 1961, pois embora a LDB atual tenha assegurado a possibilidade de manutenção de curso de habilitação profissional que integrem educação geral e formação profissional, o decreto, na prática, inviabilizou esta possibilidade. " A equivalência entre cursos de nível médio gerais e profissionais, conquistados desde a LDB de 1961, desaparece quando o decreto determina que a continuidade de estudos depende do certificado de conclusão do ensino médio", afirma Acácia.
Assim, ela leva-nos a refletir que as novas políticas de educação profissional não estão preocupadas com os trabalhadores e excluídos, mas sim em atender aos interesses externos: BID, BIRD, ..., haja vista a perda de conquistas educaionais que levaram anos para se efetivarem.